segunda-feira, 30 de julho de 2012


HISTÓRIA DO GRÊMIO ESPORTIVO PAROBÉ

I - Apresentação

          O Grêmio Esportivo Parobé foi fundado em 30/11/1947, é a mais antiga agremiação esportiva em atividade do Município, e uma das mais antigas da região.
          Está localizado a Rua José Theomar Lehnen, n° 881 no centro da cidade de Parobé, que sempre esteve fortemente identificado com o futebol, esporte que apaixona pessoas em cada recanto do Planeta, e muito especialmente a nós Brasileiros, exímios praticantes do esporte. Na verdade os maiores vencedores do mundo desta modalidade esportiva.
          O futebol é além de um esporte apaixonante, é algo que desperta elevado interesse de participação da comunidade, principalmente quando organizado e tratado com seriedade.
          Isso foi e é o caminho que todos trouxeram e trazem o Grêmio Esportivo Parobé até os dias de hoje.


 II – Dados da Entidade e atual Diretoria (2012):

GRÊMIO ESPORTIVO PAROBÉ
Fundada em 30/11/1947
CNPJ 89.470.041/0001-55
Rua José Theomar Lehnen, 881 centro
Parobé- RS – Cep 95630-000
Fone 51 3543 7313
Presidente:             Horácio Rogério Willers da Silva
Vice-presidente:    Jair José Naumann
Secretária:             Claide Regina Schneider da Silva
Tesoureira:            Valkíria Elizabeth Leling


III – Estrutura:

          O Grêmio Esportivo Parobé possui uma área própria de 16.000m², situado no centro de Parobé. Temos um estrutura de arquibancadas para 1200 pessoas sentadas, possuímos também uma pista para caminhada, uma sede social de alvenaria de 650m², uma quadra coberta de grama sintética, uma pracinha para as crianças, um campo de futebol 7 de areia, estacionamento interno para pelo menos 60 veículos, além é claro do nosso campo de futebol 11 com medidas oficiais e iluminação, além de vestiários e banheiros.


IV - Buscando as origens:

          Segundo se tem notícias, o Grêmio Esportivo Parobé originou-se do Esporte Clube Parobé que surgiu em 1936 ou 37.
          Algumas pessoas que gostavam do esporte reuniam-se nos finas de semana para jogar ou assistir aos jogos. Resolveram então organizarem-se melhor fundando um clube de futebol com a denominação de Esporte Clube Parobé.
          Entre os apreciadores e incentivadores destacavam-se os Srs. Avelino Ohlweiler, Christiano Dienstmann F°., Fernando Saft e Theófilo Sauer que acabou presidindo a agremiação. Entre os atletas encontravam-se Arcide Saft, conhecido por Nariz, os Mosmann Adalberto, Alfredo, Delmar e Edésio, Alfredo Feiten.
          O campo ficava na propriedade do Sr. Lindolfo Doepre, no local onde hoje está a antiga creche da Azaléia, atualmente da Prefeitura.
          Esta versão é confirmada por uma reportagem do Oi por ocasião das comemorações dos 30 anos do clube, em 1977. Ali encontramos preciosos depoimentos de pessoas que hoje já não estão entre nós. É o caso do Sr. Arside Siegfrid Saft, popular Nariz que explica inclusive a origem de seu apelido.
          Segundo ele, foi inspirado no integrante de um combinado carioca que veio a Porto Alegre jogar com os gaúchos. O tal jogador, como ele, era possuidor de um nariz avantajado, o que lhe valia o apelido. Na época Arside estava morando e jogando em Novo Hamburgo. Amigos e torcedores entenderam que o apelido também caia muito bem e passaram a chamá-lo assim. Dali em diante, pelo menos no futebol, seu verdadeiro nome foi esquecido e só era conhecido por Nariz.
          Na mesma reportagem, Emílio Brenner lembrava uma partida e Rolante lá pelos anos de 1949. Segundo ele, Nariz, menosprezando a cidade e o adversário dizia que: “lá não passava nem trem!”. Na época não passar o trem era sinal de atraso. Pois ao final do jogo o Parobé acabou perdendo de 8X0, levando um “baile de bola” dos rolantenses.
          Outro a recordar com saudades daqueles tempos foi o Sr.Eloy Schweitzer. Dizia que, não havendo estradas, carros, cinema, TV, a diversão era mesmo ir aos jogos. O campo de futebol transforma-se em um ambiente fino aonde damas e cavalheiros iam bem vestidos.
          Por outro lado, Nariz salientava que o atendimento aos jogadores era feito na base do mercúrio, cromo e da salmoura, ou quando muito, um pouco de arnica. Nada de médico e muito menos hospital.
          Infelizmente um ponto a que ninguém se referiu foi quando e porque houve a mudança de nome de Esporte Clube para Grêmio Esportivo.
          Neste caso houve um grande equívoco do próprio jornal que usou o antigo nome como atual em toda a reportagem.
          Outra incerteza está no fato de não se saber o porquê da mudança do local do campo. O que se sabe é que a área onde a sede está hoje, na Rua José Theomar Lehnen foi doada pelo Sr. Odorico Mosmann. Na ocasião, como era costume, ninguém se preocupou com o registro em cartório.
          Levando em conta as dificuldades financeiras da viúva, a doação, mais tarde foi contestada pelos herdeiros. Entendiam que ela que deveria receber algum valor pelo grande terreno. Seu filho, Lúcio Mosmann sabedor do desejo do pai de doação, negociou com o clube recebendo o valor de Cr$ 5.000,00. O pagamento foi feito com Letras do Tesouro do Estado, as chamadas “brizoletas”, por terem sido emitidas no Governo do então governador Leonel Brizola. Como nunca foi possível resgatá-las o próprio Lúcio acabou dando algum dinheiro do próprio bolso para a mãe, encerrando a questão com os outros irmãos e herdeiros.
          Assim sendo, hoje o Grêmio Esportivo Parobé ocupa legalmente grande e valorizado espaço na Rua José Theomar Lehnen, onde concentra a sede social, os campos de futebol, entre outros.


V – Décadas de 50 e 60:

          Mesmo tendo sido inaugurado em 1947, oficialmente a vida do clube começa mesmo no início da década de 50. O ano de 1951 é marcado pelo registro em cartório dos estatutos do clube, mais precisamente no dia 14 de abril de 1951.
          Nele consta a relação dos sócios fundadores com os seguintes nomes:
Werner Oscar Saft; Albino Eloy Schweitzer; Arno Theno Schmidt; Edésio Mosmann; Avelino Arlindo Ohlweiler; Moysés de Souza Pires Mosmann. Todos moradores de Parobé.
          A primeira diretoria, segundo o mesmo documento, estava assim constituída: Presidente: Arno Theno Schmidt; Vice-presidente: Edésio Mosmann; 1° secretário: Albino Eloy Schweitzer; 2° secretário: Nilo Carlito Koetz; 1° tesoureiro: Paulo Mosmann; 2° tesoureiro: Arlindo Konrath;.
          Comissão de contas: Lothar Wilmar Fauth, Bruno Breno Brenner, Alziro Scherer. Orador: Moysés de Souza Pires Mosmann. Guarda esporte: Kurt Frederico Saft. Capitão Geral: Bruno Evaldo Saft.
          A diretoria da época do registro era a seguinte: Presidente: Christiano Dienstmann Filho; Vice-presidente: Bruno Breno Brenner; 1° secretário: Albino Eloy Schweitzer; 2° secretário; Nilo Carlito Koetz; 1° tesoureiro: Lothar Wilmar Fauth; 2° tesoureiro: Almir Avelino Ohlweiler; Diretor Técnico: Arcide Siegfried Saft; Diretor Social: Arno Theno Schimidt.
          Os Estatutos foram aprovados em Assembléia Geral dos sócios e reunião do Conselho Deliberativo do dia 22 de fevereiro de 1948, vigorando a título precário. Seu extrato foi publicado no Diário Oficial do dia 26 de abril de 1950, quando passou a vigorar oficialmente. O seu registro no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas de Taquara só foi realizado no dia 14 de abril de 1951.
          O espaço de tempo decorridos entre um procedimento e outro devia-se, provavelmente ao fato de que geravam custos, recursos estes de que o Clube não dispunha em um único momento.
          Por outro lado, e uma pequena vila como Parobé da época onde todos se conheciam, eram amigos, regras escritas e oficializadas não eram tão necessárias assim. Com certeza só se realizavam para cumprir exigências legais.
          Com sua situação regularizada como filiado à Federação Gaúcha de Futebol podia participar das competições oficiais. Dentre elas, a mais importante era o Campeonato Estadual de Amadores.
          A primeira etapa desta competição era definir o Campeão Municipal que por sua vez com outros campeões municipais, sucessivamente, até chegar-se ao timo Campeão Estadual Amador.
          O Grêmio Esportivo Parobé passou a disputar, nesta primeira etapa com o E.C.Taquarense, E.C.Igrejinha, Mundo Novo de Três Coroas, Gramadense, Internacional de Rolante. É necessário esclarecer que, naquele tempo todas essas localidades faziam parte do município de Taquara, disputando entre si o título de Campeão Municipal.
          Mas a grande rivalidade ficava mesmo por conta das disputas entre Parobé e Taquarense e, principalmente o Igrejinha.
          É interessante notar que no depoimento para o já citado jornal Oi do Sr. Arcide Saft(Nariz), ele faz referência a um jogo contra o Gramadense em que a vitória do Parobé deu o título ao grande rival Igrejinha.
          Nas palavras do próprio Arcide: “Eu e o Ari Feltes(goleiro) tiramos o time nas costas e ganhamos por 1X0. Atacaram-nos de todo o jeito. Caímos na retranca depois do nosso golo  pronto. Mas quem festejou mesmo foi o Igrejinha. Eles pararam o trem na volta e fizeram todo mundo festejar com eles. É que a nossa vitória e Gramado deu ao Igrejinha o Campeonato. Nós ficamos em terceiro ou quarto lugar, não sei mais.” Este foi o fato que mais o emocionou e ocorreu entre os anos 55 e 57, não sabendo precisar bem a data.
          Na década de 60 houve uma alteração política e administrativa na região que modificou a disputa municipal. Gramado, Três coroas e Rolante tornara-se municípios independentes de Taquara. Já o E.C.Igrejinha e o Taquarense tornaram-se profissionais passando a disputar, portanto em outra categoria.
          Nestas condições o Parobé tornou-se Campeão Municipal por Taquara em 1963. Já em 1965 foi Super-Campeão sendo que os jogos foram realizados no campo do Taquarense. O primeiro jogo foi contra o Guarani com vitória de 3 ou 4 a zero. O segundo jogo foi contra o Palmeirinhas e o outro contra o Alimentício ambos da cidade de Taquara. Como se pode observar houve uma profunda alteração no grupo de adversários.
          Em 1968 tornou-se novamente Campeão por Taquara, mas esbarrou na outra fase perdendo por 1X0 na prorrogação para o Guarani de São Sebastião do Caí.
          Os treinos, sob a direção técnica do Araújo, eram sempre realizados após o expediente de trabalho das fábricas. Todos precisavam trabalhar em outras atividades para ganhar a vida. O esporte era apenas uma atividade para as horas vagas, finais de semana e feriados.
          Este foi também o período em que se popularizaram os concursos de beleza femininos como os de Miss Brasil e Universo. Consagraram nacionalmente como Miss Brasil a baiana Marta Rocha em 1954, e a gaúcha Ieda Maria Vargas como Miss Universo em 1963.
          A partir daí muitas entidades aproveitaram para eleger suas rainhas ou madrinhas, inclusive o Parobé, através da venda de votos. Reuniam o útil ao agradável, aproveitando o momento para arrecadar alguns recursos.
          Nesta ocasião o clube teve como madrinhas: Nelci da Silva (Bloss) em 1954; Lucila Lehnen (da Rosa) em 1955; Marisa Brenner (Mattes) em 1960 e Jane Brenner (Schmidt) em 1961.
          Outro nome feminino que se destacou então foi o de Erotti Haag (Bichoff), mas desta vez como autora do Hino ao G.E.Parobé.



VI – Décadas de 70 e 80:

          A década de 70 marcava para o clube os 30 anos de sua existência oficial. Mesmo assim não se tem muitos registros deste período.
          Mais uma vez vamos encontrar referências ao fato na reportagem do jornal Oi. Destaca também a vitória do time como Campeão de Chave pelo Campeonato Estadual de Amadores em 1976. Os jogos foram disputados entre Jaú e Central de Santo Antonio da Patrulha e São José de Novo Hamburgo, bairro Hamburgo Velho.
          A diretoria estava assim constituída: Presidente: Lúcio Mosmann; Vice-presidente: Vivaldo Wagner; 1° secretário: Almir Ohlweiler; 1° tesoureiro: Gilberto Fetter; Diretor técnico: Ernani Brocker; Treinador: Vilmar de Souza.
          Por sua vez a equipe era constituída por: Maneca, Larri, Serini (Sergio), Guiné (Lineu Weber), Sérgio Lauck, Tininho, Marco Aurélio, Selomar, Tato (Renato Mosmann), Silvio, Gerson (Schmidt) e Aurélio Scheffel.
          Uns anos antes desta data, em 72/73, o Clube viveu um momento de dificuldade. A Federação estava exigindo que os campos para os jogos do Campeonato Gaúcho, fossem cercados por alambrado. Como era comum, o Clube não dispunha de recursos para tal investimento.
          Havia também o problema de troca de diretoria. Ninguém se dispunha a assumir o compromisso tendo pela frente tal desafio. Foi então que os conselheiros Arno Leling, Edésio Mosmann e Ardy Koch procuraram o Sr. Eloyr Roque da Silva (pai do atual presidente Horácio). Pediram que aceitasse assumir a direção. Em troca prometiam tomar para si a construção do alambrado. Assim foi feito. Os três adquiriram a tela e os mourões de cimento. Conseguiram junto à empresa que instalava a rede de telefonia em Parobé que fixasse os mourões ao redor do campo. Aos operários que se dispuseram à operar as máquinas nos finais de semana, seus dias de descanso, ofereceram um churrasco. O primeiro alambrado foi colocado e o Parobé, mais uma vez pode participar do Campeonato.
          Entrando nos anos oitenta tivemos vários fatos importantes para a história do Grêmio que foram recuperados graças ao depoimento dos antigos presidentes. Foi o caso do Sr.Renato Schmidt.
          Segundo ele, mesmo estabelecido em Porto Alegre com escritório de representações comerciais estava sempre ligado ao Parobé. Assim sendo, pediu ao seu auxiliar Edson Koch que fosse até a sede da Federação saber qual era a situação do Clube naquele momento.
          Edson voltou com a notícia que a prazo de inscrição para o campeonato estava se esgotando e o Parobé estava fora. No entanto poderia ser inscrito desde que naquele mesmo dia.
          Foi então até lá, inscreveu o time assumindo como vice-presidente responsável pelo futebol e colocando o nome de Ardy Koch como presidente. Tudo por sua conta e risco, pois não havia tempo para mais nada.
          Como havia feito tudo sem consultar ninguém, sentia-se no compromisso de tomar a si também as responsabilidades. Comandou então intensa mobilização entre atletas e torcedores.
          Obteve entre as fábricas locais, quando os jogos se realizavam fora que cada uma fretasse um ônibus para levar os operários e torcedores, entre elas: Star Sax, Azaléia, Simpatia, Hong Kong, Pastifícios Mosmann, Rio de Luz e até a Prefeitura Municipal. Em certa ocasião chegaram a lotar 13 ônibus.
          Quando alguma fábrica não estava disposta a disponibilizar um ônibus criava-se um clima tal entre os empregados que os patrões acabavam cedendo.
          Deixavam a cidade um número tão grande de pessoas que a cidade ficava quase vazia. Até os moradores de Campo Vicente, que na época fazia parte do nosso município, sentiam-se motivados.
          Como lá não existiam fábricas o próprio clube passou a disponibilizar um ônibus para seus moradores.
          Os jogos eram de ida e volta. O Parobé ia eliminando um a um dos adversários. Com o tempo as distâncias iam ficando cada vez maiores. Para facilitar e diminuir as despesas dos clubes a Federação passou a programar um jogo apenas, em cidades neutras. São Sebastião do Caí, Camaquá e Lajeado foram algumas das cidades. Em Lajeado chegaram a reunir-se seis times com jogos eliminatórios. O Parobé chegou a disputar três jogos em um único dia e venceram todos.
          Em uma destas ocasiões o jogo final foi para os pênaltis. Dentro do campo só era permitida a presença dos jogadores. Renato, como presidente, apresentou-se como médico e conseguiu entrar para passar confiança e incentivo aos jogadores.
          Nossa torcida era sempre atração. Como a maioria era apenas acompanhada pelos dirigentes e alguns familiares, pediam o apoio dos nossos torcedores quando jogavam entre si.
          Como o pessoal não pagava passagem, na volta, a diretoria promovia uma coleta que era repassada aos jogadores a título de “bicho”.
          Com toda essa motivação chegaram a campeões do torneio de repescagem, sendo que Paulinho Willers destacava-se como melhor jogador. A final do Campeonato de Amadores foi disputada na cidade de Carlos Barbosa já na gestão de Luis Carlos (Carlinhos) Pereira dos Santos.
          Mexeu ainda com o infantil, ajudado por Antônio Carlos Camargo e juniores com Jaime da Rosa.
          Mesmo com toda essa movimentação esportiva Renato Schmidt, em sua gestão como presidente não se descuidou do patrimônio. Concluiu o pórtico e, atendendo ao pedido de seu pai Arno Schmidt, deu o nome ao estádio de Odorico Mosmann. Cumpria assim uma promessa de Arno, feita no passado ao doador da área.
          Completou ainda o fechamento do terreno com a construção onde hoje estão vestiários. Na verdade a idéia era que o espaço fosse alugado para lojinhas que seriam instaladas ali, aumentando o rendimento do clube.
          Ampliou também a arquibancada e o campo de futebol sete. Os recursos vinham de contribuições do então próspero setor industrial, especialmente de calçados.
          Empresas de outros municípios também colaboravam. Ricardo Brenner e Manuel Nunes Teixeira ajudavam negociando o aluguel de espaços de propaganda no muro e em painéis com firmas como a Quimisinos, em troca de material esportivo com a loja S.N.Miller. Dando exclusividade no bar ao depósito da Bhrama do Adair em Taquara. Vendendo os espaços publicitários e ampliando o quadro social obtinha recursos para tocar as obras.
          Renato em 87 foi sucedido por Luis Carlo Pereira dos Santos, o Carlinhos, como é mais conhecido. Segundo ele próprio, foi marcada pela união do grupo. Marcou ainda o bom desempenho do time que se sagrou campeão da chave Serra. Disputou com o Litoral e a Grande Porto Alegre. Acabou perdendo a final em Carlos Barbosa.
          O insucesso final bem como as despesas acumuladas durante a disputa abalava a moral e as finanças do clube. Instalou-se uma grande crise sendo que ninguém estava disposto a assumir a presidência e reunir forças reorganizar o time.
          Mais uma vez entram em campo os conselheiros Edésio Mosmann, Ardy Koch e Arno Leling, dirigem-se ao grupo de veteranos que se organizaram com uma diretoria paralela para disputar partidas com outros grupos semelhantes. A sugestão dos conselheiros era para que assumissem também a diretoria principal do Parobé.
          Mesmo não sendo essa a proposta inicial do grupo, naquele momento presidido por Luciano José Feiten, desde que o time não participasse do Campeonato Estadual de Amadores. Isso significava que, aos tantos anos o Grêmio teria que se desfiliar da Federação. No princípio os conselheiros resistiram à idéia, mas sem outra opção foram obrigados a aceitar e providenciaram o licenciamento perante a Federação Gaúcha de Futebol.
          Assim o grupo de veteranos, sob a direção de Luciano assumiu a agremiação. Propunha-se a estabelecer uma continuidade administrativa através de uma secessão de diretorias escolhidas entre os membros daquele mesmo grupo. Pretendiam, deste modo, garantir a recuperação financeira e a preservação do patrimônio. A refiliação e a conseqüente volta ao Campeonato de Amadores se dariam com maiores chances de vitória.
          Por uma série de motivos esse compromisso não foi cumprido integralmente e o Parobé só voltou à disputa dos Amadores 19 anos mais tarde.
          De sua parte Luciano pode realizar várias melhorias como o campo de futebol sete, a troca da tela do alambrado, reforma do gramado e dos vestiários.


VII – Décadas de 90 e 2000:

          Pois nestas condições, inclusive sob a presidência de Luciano Feiten que encabeçou três anos de gestão entramos nos anos 90. 
          Este é o período na qual temos documentação mais abundante. Houve preocupação em registrar as atas, pelo menos a sucessão de diretorias. Há também grande número de recortes de jornais e maior facilidade na coleta de depoimentos.
          Assim podemos estabelecer os nomes, os períodos e as principais realizações de cada diretoria. Percebe-se claramente que passaram a investir seriamente na conservação e ampliação do patrimônio.
          Temos então na gestão de Luciano a troca da tela atrás das goleiras, recuperação do gramado, terraplanagem da área para estacionamento e a construção do campo de futebol sete com refletores, inaugurado em 26 de janeiro de 1991.
          Foi sucedido por seu irmão Giovani Feiten, durante o ano de 1992, fechando assim duas administrações de dois anos.
          Giovani por sua vez, providenciou com o engenheiro Rudimar Crestani, a planta da área. Previa a construção de futuras canchas esportivas e da sede social. Criou uma comissão de obras tendo por objetivo a construção desta sede, que levantou seus alicerces. Realizou ainda recadastramento dos sócios estabelecendo faixas de contribuição.
          No período de 93/94, assumiu a direção o Sr. Osmindo Schmidt que tomou para si a tarefa de levantar a nova sede social. Para isso usou recursos da venda de dois terrenos paralelos à RS239, doados no passado pelo Sr. Wilibaldo(Wili) Willers bem como da rifa de um carro.
          Com isso não foi suficiente, investiu recursos próprios para a conclusão da obra.
          Marco Aurélio Prates de Vargas assumiu no período 95/96. Tratou desde logo de quitar a dívida de R$ 29.000,00, segundo ele em valores da época. Para isso foram realizados rifas, inclusive de um carro e jantares.
          Sua atuação, no entanto, foi marcada pelo incentivo as categorias infantis, através das escolinhas juvenis e juniores. Disputou com a equipe de juniores o Campeonato Estadual chegando ao Vice-Campeonato.
          Trabalhando no SESI com a organização de eventos esportivos teve oportunidade de observar o potencial das meninas para o futebol. Organizou então uma equipe infanto-juvenil feminina reunindo atletas de toda a região. O time tornou-se Campeão do primeiro campeonato da LIRFF, ou seja, Liga Regional de Futebol Feminino.
          Firmou também convênio com o Grêmio Porto Alegrense. Segundo ele o clube encaminharia jovens que se destacassem por aqui em troca do fornecimento de material esportivo para o Parobé. Na ocasião foi encaminhado o garoto Grilo que se destacou por lá na categoria.
          Além do depoimento de Marco Aurélio, abundante material retirado de jornais da região comprova todos estes fatos.
          No biênio 97/98 assumiu o Sr. Renato Neutzling. Sua grande preocupação foi resgatar junto aos cartórios, documentos importantes da agremiação como escritura da propriedade, estatutos, etc.
          Reorganizou o quadro social do Clube procurando um a um os sócios inadimplentes. Aqueles que não concordavam em regularizar sua situação foram desligados. Os 400 sócios foram reduzidos a 150 que realmente contribuíam.
          Tratou também de resolver uma pendência com o antigo zelador João Constâncio cuja moradia ficava dentro do terreno do Parobé. Uma questão judicial poderia levar à perda de parte da propriedade.
          A partir destes fatos tentou uma união com a Sociedade Cultural e Recreativa no que não obteve sucesso. Promoveu ainda as movimentações para o retorno do Clube à Federação. Para isso buscou a ajuda da Prefeitura Municipal através do Secretário de Esportes Tadeu Diniz da Costa. Mas não foi dessa vez que a antiga intenção se concretizou.
          Por duas gestões, entre 99 e 2002, ocupou a presidência o Sr. Flademir Bomerich. Foi responsável neste período pela construção de arquibancadas e banheiros para o público.
          Entre 2003 e 2004, mais uma vez foi chamado a assumir a presidência o Sr.Luciano Feiten. Em meados de 2004, mais precisamente em junho, afastou-se para concorrer às eleições municipais daquele ano.
          Concluiu o mandato o Sr. Horácio Willers da Silva. Acabou reeleito para 2005/2006 e 2007/2008. É, portanto, o atual presidente em exercício.
          Horácio inovou trazendo pela primeira vez mulheres para compor com ele a diretoria: Valkíria Leling, Elis Regina Barbosa, Neiva Arnold, Claide Schneider da Silva e Magali Ritter.
          Promoveu a reformulação dos estatutos adaptando-os a Lei Pelé e ao novo código Civil Brasileiro, de modo a poder receber recursos governamentais para o Clube. Elas passam a ter uma função social atendendo alunos carentes em horário complementar ao escolar. Empenha-se em obter verba do Ministério dos Esportes para a iluminação do estádio Odorico Mosmann. A obra é importante, pois permitirá a realização de treinos noturnos. Vem ainda investindo em obras de reforma e manutenção.
          Cuida da preservação da memória do Clube com a organização do Museu e desta publicação para resgatar a História do Grêmio Esportivo Parobé. Neste sentido fez também realizar uma bela festa quando da comemoração dos 60 anos da agremiação em 30 de novembro de 2007, quando foram homenageados fundadores, ex-presidentes e beneméritos.
          Pode finalmente, após 19 anos de afastamento, promover a refiliação do Parobé à Federação Gaúcha de Futebol, e o conseqüente retorno ao Campeonato de Amadores. A primeira participação já rendeu ao time um sexto lugar na competição.
        O grande objetivo agora é a conquista inédita do Campeonato Estadual. A meta passa também pelo levantamento de recursos, pois a disputa é bastante onerosa como já vimos. Estima-se que represente uma despesa de mais de R$ 100.000,00 para o Clube. Mas isso com certeza não será impedimento, pois em todas as vezes que recorreu à comunidade esportiva local ela sempre respondeu positivamente. É o que se espera também esta vez.
 

VIII – Comemorando Os Sessenta Anos do Clube:

          Marcando o sexagésimo aniversário do Clube, a atual diretoria realizou, no dia 30 de novembro de 2007, uma bela festa. Um jantar baile reuniu na sede social Edésio Mosmann beneméritos, ex-presidentes, antigos e atuais colaboradores e seus familiares durante o qual lhes foram prestadas homenagens marcadas por intensa emoção.
          Após algumas palavras do atual presidente Horácio Willers da Silva, as fotos destes beneméritos iam sendo projetadas em um telão acompanhadas de comentários sobre suas realizações. A seguir foram entregues a eles ou a um de seus familiares um troféu comemorativo. As mulheres homenageadas receberam também flores. Foi inaugurado ainda um mural com as fotos destes homenageados.
          Em tom mais descontraído seguiram-se agradecimentos, brincadeiras e narrativas de curiosidades relacionadas ao Parobé e a sua participação nas competições por parte de alguns homenageados e pessoas presentes.
          Mantendo sempre o tom descontraído e festivo seguiu-se a entoação do Hino do Grêmio Esportivo Parobé de autoria de Erothy Haag Bichoff. Com a participação atual do primeiro presidente foi cantado o tradicional Parabéns a você, e o corte do bolo com a sua distribuição aos presentes. Enquanto isso, na parte externa detonava-se uma bateria de fogos anunciando a comemoração para toda a cidade. A noitada encerrou-se com a realização do baile de aniversário.
          A seguir relacionamos os nomes dos homenageados durante a festividade:
- Odorico Mosmann. Doador das terras para o estádio que hoje leva seu nome.
- Arno Theno Schmidt. Sócio fundador, primeiro presidente de 1947 a 1951, sócio e colaborador.
- Albino Eloy Schweitzer. Sócio fundador, secretário nas duas primeiras diretorias e colaborador, Delegado da Federação p/a região.
- Edésio Mosmann, Sócio fundador, vice-presidente da diretoria provisória, presidente do conselho deliberativo por vários anos e colaborador.
- Werner Oscar Saft. Sócio fundador e colaborador.
- Avelino A.Ohlweiller. Sócio fundador e segundo tesoureiro da segunda diretoria(1951/52).
- Paulo Mosmann. Primeiro tesoureiro da primeira diretoria (provisória), atleta e colaborador.
- Nilo Carlito Koetz. Primeiro secretário das duas primeiras diretorias, mais tarde presidente do Clube e colaborador.
- Ardy Osmar Koch. Presidente, conselheiro por vários anos e grande colaborador.
- Bruno Breno Brenner. Membro da comissão de contas da diretoria provisória, vice-presidente da segunda diretoria, mais tarde presidente do Clube e colaborador.
- Bruno Saft. Atleta e capitão do time na diretoria provisória, presidente entre 1969/70 e colaborador.
- Christiano Dienstmann. Presidente da segunda diretoria, responsável pela filiação do Clube à Federação Gaúcha de Futebol e colaborador.
- Flademir Bomerich. Presidente entre 1999/2002. Responsável pela construção de arquibancadas e banheiros.
- Giovani Feiten. Presidente em 1992. Providenciou a planta da área para localização de futuras canchas esportivas e da sede social. Formou a comissão, e deu início as obras da sede.
- Luciano Feiten. Presidente entre 1989/90 e 2003/04 até junho. Assumiu após o desligamento da Federação com o objetivo de preservar o patrimônio e sanear as finanças.
- Lucio Mosmann. Presidente entre 1977/78, nas comemorações dos 30 anos do Clube. Filho do doador das terras, negociando junto aos demais herdeiros, assegurou a doação em definitivo.
- João Carlos Pereira dos Santos. Presidente entre 1987/88 quando o time foi campeão do Torneio de Repescagem, disputando a partida final em Carlos Barbosa.
- Marcos Aurélio Prates de Vargas. Presidente entre 1995/96. Movimentou as categorias infantis, juvenis e juniores, inclusive disputando com um time feminino infanto-juvenil sendo campeão. Foi ainda Campeão Estadual com os Juniores.
- Renato Neutzling. Presidente entre 1997/98. Recuperou junto aos cartórios documentação do Clube como escrituras. Realizou as primeiras movimentações no sentido da refiliação à Federação disputando Campeonatos Amadores.
- Renato Schmidt. Presidente entre 1985/86. Ainda como responsável pelo futebol na gestão de Ardy Koch organizou a maior movimentação de torcedores promovendo excursões para as cidades aonde o time disputava eliminatórias do Campeonato Estadual de Amadores.
- Romeu Ludwig. Presidente entre 1975/76. Durante sua gestão iniciou a disputa das Olimpíadas reunindo equipes de futebol formadas nas indústrias e comércios locais.
- Eloyr Roque da Silva. Presidente entre 1973/74. Construiu o primeiro alambrado e realizou campanha às indústrias e comércio para repor o material esportivo por ocasião de um alagamento dos vestiários.
- Vivaldo E.Wagner. Presidente e antigo colaborador. Ainda em gestão anterior a sua, colaborou com mão de obra na construção de parte do muro e calçadas.
- Wilnei Bruno Zimmer. Presidente no ano de 1984. Deu início à construção do muro com a ajuda da Prefeitura e fez a reposição do telhado do antigo bar, arrancado por um temporal.
- Wilson Mosmann. Presidente e antigo colaborador.
- Arno Brenner. Presidente, atleta e antigo colaborador.
- Hélio Krumennauer. Presidente no período de 1971/72. Construiu um túnel que dava acesso aos jogadores dos vestiários diretamente ao campo. Precisou, mais tarde, ser aterrado por problemas de infiltração e alagamentos em períodos de muita chuva ou enxurradas.
- Osmindo Schmidt. Presidente no período de 1993/94. Tomou para si a responsabilidade da construção da sede social Edésio Mosmann, financiando com recursos próprios parte da obra.
- Carlos Roberto Camargo. Presidente e colaborador. Durante vários anos cuidou da manutenção do gramado pessoalmente com o auxílio do Sr.Renato Mosmann. Fez construir, também parte da arquibancada.
- Cimirro Haack. Presidente no período de 1957/58.
- Horácio Rogério Willers da Silva. Presidiu o Clube após o afastamento do então presidente Luciano Feiten em junho de 2004. Eleito e reeleito para os períodos de 2005/06, 2007/08, 2009/10 e 2011/12. Promoveu a reforma dos estatutos e o retorno do Clube à Federação e ao Campeonato Estadual de Amadores. Inovou trazendo mulheres para compor com ele a diretoria. Criou a primeira quadra coberta em grama sintética do Vale Paranhana, implementou a iluminação do campo, sendo, o 1° clube do sul do Brasil a se beneficiar da Lei de Incentivo ao Esporte. Também foi o presidente que acendeu o Incentivo às escolinhas de futebol para as crianças, entre outras muitas obras.
- Erothy Haag Bichoff. Autora do Hino do Grêmio Esportivo Parobé.
- Nelci da Silva Bloss. Madrinha no ano de 1954.
- Lucila Lehnen da Rosa. Madrinha no ano de 1955.
- Marisa Elaine Brenner Mattes. Madrinha no ano de 1960.
- Jane M.Brenner Schmidt. Madrinha do ano de 1961.
  


IX – Concluindo

          Ao lançarmos um olhar sobre todos estes fatos não podemos deixar de observar que tudo o que vemos hoje decorre do trabalho e dedicação de muitos ao longo destes anos.
          Como na vida de uma pessoa também as entidades passam por momentos de crise e vitórias.
          Segundo vimos o Grêmio Esportivo Parobé viveu três grandes momentos de crise nas décadas de 70, 80 e 90.
          Nos anos setenta, quando a Federação passou a exigir alambrado ao redor do campo foi necessário um grande esforço para a concretização deste objetivo. A colaboração veio inclusive de pessoas estranhas como dos funcionários de uma empreiteira de telefonia.
          Mais tarde, em oitenta, com o Clube desestruturado, sem presidente eleito o time nem sequer fora inscrito para o Campeonato de Amadores. Não fosse o interesse de alguns e a história do Parobé talvez tivesse ali seu capítulo final.
          Mas foi no final dos anos 80, início de 90 que o Clube viveu seu pior momento. Com muitas dívidas, sem recursos para enfrentar a competição estadual, foi tomada a difícil e drástica decisão de desfiliar-se da Federação.
          Por outro lado foi essa retirada estratégica que permitiu sua reestruturação, a preservação, resguardando e ampliação do patrimônio. Permitiu realizar obras no estádio, a construção da sede social, arquibancada coberta, calçadas externas, reformas no muro, no alambrado, no sistema de drenagem, campo de futebol sete, etc. A reestruturação do quadro social e atualização dos estatutos permitiram uma melhor adequação ao momento atual como a busca de verbas públicas.
          Após 19 anos, em 2006, veio a refiliação e o retorno do time à disputa do Campeonato Estadual de Amadores. A volta foi promissora, pois já obteve o sexto lugar na competição e sonha com a conquista inédita do Campeonato de Amadores.
          Quanto aos momentos de maior participação, envolvimento da população, ocorreram nas décadas de 50/60 e 80. Em meados de 50 e 60 a vila vibrava com a disputa do campeonato municipal entre Parobé e Igrejinha. A rivalidade era tamanha que quase sempre os jogos acabavam em brigas. Com o Taquarense também era grande, mas não chegava a tantos extremos.
          Já na década de 80 uma grande mobilização levava torcedores até outras cidades, motivados pelos bons resultados do time.
          É interessante notar que todos esses momentos estão relacionados com a história do município. Por exemplo: nos anos de 50 e 60 Parobé e Igrejinha viviam estágios de desenvolvimento muito parecidos e buscavam uma emancipação de Taquara. Enquanto Igrejinha alcançou seu objetivo e até profissionalizou seu time, Parobé ficou para trás. O próprio Taquarense também entrou para a segunda divisão de profissionais.
          Entre 65 e 68 o time conseguiu tornar-se campeão municipal, mas sem despertar o mesmo entusiasmo, pois os tradicionais adversários já não disputavam a mesma categoria.
          Em 1973 a crise provocada era exigência de alambrado, pode ser mais facilmente solucionada pela ajuda dos funcionários e da companhia que instalava a rede de telefonia, antiga reivindicação das indústrias e população.
          Na década de 80, vivia-se um clima de quase euforia. As indústrias, os empregados e, em conseqüência, a população cresciam explosivamente. Para culminar o distrito conquistava a tão sonhada emancipação de Taquara.
          A situação era extremamente favorável e uma competente liderança conduziu todo esse sentimento das pessoas a manifestar-se junto ao do time de futebol. O Parobé, por sua vez respondia com vitórias, o que alimentava mais e mais esse sentimento formando um verdadeiro círculo virtuoso. Lamenta-se apenas não ter terminado com a tão sonhada conquista do campeonato.


RELAÇÃO DE PRESIDENTES E PERÍODOS DE GESTÃO

          Apresentamos aqui a provável relação dos presidentes do Grêmio Esportivo Parobé e seus respectivos períodos de gestão. Alguns períodos não puderam ser preenchidos por absoluta falta de informação. Conseguimos reunir seus nomes, mas sem a possibilidade de relacioná-los ao respectivo ano ou biênio de administração. São eles: Nilo Carlito Koetz, Alípio Mosmann, Vivaldo Wagner, Arno Brenner, Wilson Mosmann e Bruno Breno Brenner.
          Assim temos:
1947/50 – Arno Theno Schmidt;
1951/52 – Christiano Dienstmann F°;
1953/54 –
1955/56 –
1957/58 – Cimíro Haack;
1959/60 –
1961/62 –
1963/64 –
1965/66 –
1967/68 –
1969/70 – Bruno Saft;
1971/72 – Hélio Krumennauer;
1973/74 – Eloyr Roque da Silva;
1975/76 – Romeu Ludwig;
1977/78 – Lúcio Mosmann;
1979/80 – Ardy Koch;
1981/82 – Renato Schmidt;
1983/84 – Wilnei Bruno Zimmer;
1985/86 – Carlos Roberto Camargo;
1987/88 – Luis Carlos Pereira dos Santos;
1989/91 – Luciano José Feiten;
1992 –      Giovani Lourenço Feiten;
1993/94 – Osmindo Antônio Schmidt;
1995/96 – Marco Aurélio Prates de Vargas;
1997/98 – Renato Neutzling;
1999-02 – Flademir José Bomerich;
2003/04 – Luciano José Feiten (até 05/04); Horácio R.Willers da Silva (de 06 a 12/2004);
2005/12 – Horácio Rogério Willers da Silva.


X – O Futebol hoje:

          O Grêmio Esportivo Parobé hoje conta principalmente com 3 modalidades de futebol: 1-Projeto de Verticalização do Futebol; 2-O futebol dos Veteranos; 3-Futebol Amador adulto. Desses 3 o que vai embasar toda a estrutura futura da entidade é e será o Projeto de Verticalização do Futebol 2010/2012.
          O Grêmio Esportivo Parobé, ficou sem atividades no futebol das categorias de base, entre os anos de 2005 e 2010, ano no qual chegamos a conclusão de que a melhor medida seria iniciar um projeto, capaz de qualificar atletas desde a sua iniciação ao esporte, por volta dos 06 anos de idade.

          Com este objetivo foi elaborado o PROJETO DE VERTICALIZAÇÃO NO FUTEBOL 2010-2012, com objetivos e metas traçados para este triênio. Os objetivos principais são a educação pelo esporte e a posterior avaliação de potenciais atletas profissionais, utilizamos para estes fins; treinamentos em turnos contrários aos da escola, jogos amistosos e participação em competições regional, estadual e nacional.
          No projeto de verticalização temos a facilidade de acompanhar o desenvolvimento dos meninos atletas ao longo de possíveis 11 anos de atividade dos 06 anos aos 17 anos, sempre relacionando com a desenvolvimento para cada faixa etária.
          Iniciamos em 2010 com 72 meninos participantes do projeto e atualmente contamos com 225, contamos com 05 profissionais para desenvolver os trabalhos,todos com formação completa ou em andamento na área de Educação Física, conforme a lei 9696/98.
          Na prática o projeto já rendeu bons frutos, pois, nos tornamos Campeões da SULICAMPE competição regional com a categoria sub-12 em 2010, em jogo final contra a equipe do E C Juventude de Caxias do Sul, com placar final de 2X0, e no ano de 2011 nos tornamos campeões da Copa Cidade Verde,na Cidade de Três Coroas RS,competição esta em nível nacional com a categoria sub-14, em jogo final contra a equipe do Fluminense do RJ, com placar final de 1X0.
          Participamos ainda do Campeonato Estadual categoria sub-15 em 2011,e do Campeonato Estadual da Categoria sub-17 no ano de 2012, e estamos preparando a equipe sub-15 para a disputa do Estadual no ano de 2012.
          Nosso projeto é mantido financeiramente com verbas oriundas de mensalidades pagas pelos meninos, além de patrocínios de empresas locais e eventos realizados pelo clube, não possui portanto auxilio financeiro público, mesmo com muitas dificuldades, estamos conseguindo manter em atividades 85 meninos carentes que não possuem condições de pagar as mensalidades, por este motivo estamos sempre abertos a novas parcerias e apoios.
          O futebol de Veteranos surgiu no Grêmio Esportivo Parobé no início dos anos 80 como meio de incentivar ex atletas do clube, associados e simpatizantes do futebol a se reunirem aos sábados a tarde para prática do futebol e principalmente a saudar a amizade e participação entre eles e de suas famílias.
          Nesse período de 30 anos felizmente essa modalidade se perpetuou e conta atualmente com mais de 30 colaboradores, e são eles também incentivadores da entidade.
          O futebol Amador Adulto é o campeonato estadual organizado pela Federação Gaúcha de Futebol desde o início dos anos 50. O Grêmio Esportivo Parobé desde estes tempos vem participando, porém interrompeu sua participação por 19 anos e voltou a disputar essa competição em 2006.
          No início o campeonato era disputado por mais de 300 equipes, nesse espaço de tempo de quase 60 anos sabe-se que o Rio Grande do Sul cresceu econômicamente e em número de municípios, mas, porém, em sentido contrário a isso o número de participantes não passa atualmente de 15 equipes.
          Essa máxima se deve a que muitas entidades ligadas ao futebol infelizmente já não existem mais, onde novamente temos que valorizar a existência do nosso clube.

Um comentário:

  1. Prezados; vejam o que publiquei no meu livro; lançado em Outubro de 2017; retirado de jornais de N. Hamburgo e São Leopoldo nos anos 30. Talvez os ajudem a encontrar a data de fundação do SC Parobé.

    Em 29.07.34 o SC União (fundado em 1933) de Nova Palmeira (Araricá), comemorou o 2º Ano com churrasco e jogo à tarde com vitória de 1x0 contra o SC Parobé. À noite a Polonaise foi puxada pelo Presidente Maurício Barany.

    E o Arside Saft está no meu livro; jogou no Sport Club Novo Hamburgo nos anos 30. O título do livro é "Futebol de NH e Outras Histórias 1900-1942" de Gilson Warken; disponível em Campo Bom na Livraria Prisma em vários locais em N. Hamburgo e São Leopoldo, (eu mesmo; Gilson Warken sou o autor. gilsonwar58@hotmail.com

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